Sobre Edner Morelli
http://rabiscosegaratujas.blogspot.com/2007/08/edner-morelli.html
31.7.09
Um artigo sobre Dalton Trevisan
por Edner Morelli
http://www.uninove.br/PDFs/Publicacoes/dialogia/dialogia_v6/dialogia_v6_4f32.pdf
por Edner Morelli
http://www.uninove.br/PDFs/Publicacoes/dialogia/dialogia_v6/dialogia_v6_4f32.pdf
30.7.09
Relato em prosa
Por Edner Morelli
Por Edner Morelli
... E eu percebo algo muito mais fundo do que o viver momentâneo da matéria. Algo entre minhas memórias e o que ficará, ficou, fica... Na verdade, eu sempre percebi. Agora, tudo diluído como possibilidades alheias de um tempo presente, um tempo ausente em mim. A vida seria tão simples... tão simples... se nós percebêssemos a seriedade dos interlúdios... Sem limites empobrecedores, viveríamos ausentes de distâncias entre um prato e um sorriso, e sairíamos por aí, desejando avistar a vida seguir, sentindo os des-limites do seguir. Mas o quê? Um desejo. Sabe lá qual, todos! Palavra libertadora, todos... todas as vezes que me lembro dessa impressão semântica, acabo por desejar a essência corporal desse vocábulo aglutinador. O tempo vivido, re-vivido, não mais... Por quê? Diluímos... cheguei ao ponto inerte do meio. Tudo acabará, acabou, acaba. Acabamos...
29.7.09
Coisa de Adolescente
Ps. Se o primeiro álbum da Legião Urbana tivesse sido lançado na Inglaterra, teria, de fato, entrado para a história oficial do rock mundial.
Por Edner Morelli
Confesso que há muito tempo não ouvia Legião Urbana. Mas por conta de um sebo aqui perto de casa voltei a contemplar a obra do extinto Aborto Elétrico. Explico: o “carlinhos”, chegado do comércio localizado no bairro do Jardim Santa Emília, faz umas discografias completas de várias bandas em MP3 por cinco reais. Olhe só! Eu que sempre fui contra esse tipo de coisa. Calma, não tem nada aqui de falsa moralidade, protesto contra a pirataria, ou algo do tipo, o lance é outro. Sempre gostei de pegar o CD da banda, apreciar o encarte, ler as letras, assim que cheguei à poesia. Porém, na atual situação, resolvi adquirir o produto. Fui um daqueles adolescentes fanáticos em Legião, era só falar mal da banda do meu lado, era briga na certa. Coisas do tipo: “o Renato é viado, o som dos caras é muito repetitivo etc.”. Ficava puto. No entanto, o fato é que na minha visão adolescente simplesmente tudo o que os caras compunham era muito bom, podia até ser repetitivo, mas se tratava daquela genialidade dos movimentos de minha alma. Um adolescente que nunca gostou de Legião pulou essa fase, esse rito de passagem, amadureceu sem o pré-estágio desse doce sofrimento de idealizações, utopias, amores impossíveis etc. Indo adiante... ingressei no “mundinho” acadêmico, fui fazer Letras, comecei a lecionar, pós-graduação, artigos científicos, ensaios, leituras. O fato é que me distanciei do som da banda. Não sei se por culpa de um elitismo acadêmico, ou sei lá! Bom, o fato agora é que voltei a ouvir o som dos caras, já expliquei como. Hoje, confesso que nem tudo o que os caras fizeram é muito bom como pensava, mas, de fato, o Renato escrevia muito bem. Coisas do tipo “fiz carvão do batom que roubei de você e com ele marquei dois pontos de fuga e rabisquei meu horizonte” (trecho de Acrilic on Canvas) vamos concordar, não se encontra letristas-poetas por aí, a cada esquina, com essa carga lírica-simbólica que percebemos em alguns momentos do Renato.
Confesso que há muito tempo não ouvia Legião Urbana. Mas por conta de um sebo aqui perto de casa voltei a contemplar a obra do extinto Aborto Elétrico. Explico: o “carlinhos”, chegado do comércio localizado no bairro do Jardim Santa Emília, faz umas discografias completas de várias bandas em MP3 por cinco reais. Olhe só! Eu que sempre fui contra esse tipo de coisa. Calma, não tem nada aqui de falsa moralidade, protesto contra a pirataria, ou algo do tipo, o lance é outro. Sempre gostei de pegar o CD da banda, apreciar o encarte, ler as letras, assim que cheguei à poesia. Porém, na atual situação, resolvi adquirir o produto. Fui um daqueles adolescentes fanáticos em Legião, era só falar mal da banda do meu lado, era briga na certa. Coisas do tipo: “o Renato é viado, o som dos caras é muito repetitivo etc.”. Ficava puto. No entanto, o fato é que na minha visão adolescente simplesmente tudo o que os caras compunham era muito bom, podia até ser repetitivo, mas se tratava daquela genialidade dos movimentos de minha alma. Um adolescente que nunca gostou de Legião pulou essa fase, esse rito de passagem, amadureceu sem o pré-estágio desse doce sofrimento de idealizações, utopias, amores impossíveis etc. Indo adiante... ingressei no “mundinho” acadêmico, fui fazer Letras, comecei a lecionar, pós-graduação, artigos científicos, ensaios, leituras. O fato é que me distanciei do som da banda. Não sei se por culpa de um elitismo acadêmico, ou sei lá! Bom, o fato agora é que voltei a ouvir o som dos caras, já expliquei como. Hoje, confesso que nem tudo o que os caras fizeram é muito bom como pensava, mas, de fato, o Renato escrevia muito bem. Coisas do tipo “fiz carvão do batom que roubei de você e com ele marquei dois pontos de fuga e rabisquei meu horizonte” (trecho de Acrilic on Canvas) vamos concordar, não se encontra letristas-poetas por aí, a cada esquina, com essa carga lírica-simbólica que percebemos em alguns momentos do Renato.
Ps. Se o primeiro álbum da Legião Urbana tivesse sido lançado na Inglaterra, teria, de fato, entrado para a história oficial do rock mundial.
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