tag:blogger.com,1999:blog-16031821184853834122024-03-19T00:55:46.810-03:00Captação do segundoEspaço diário destinado, principalmente, para a publicação de minhas produções, ou alheias, inéditas-ou-não, literárias-ou-não. Sejam bem vindos...Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comBlogger38125tag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-15034700383260490392010-09-19T21:51:00.000-03:002010-09-19T21:52:04.693-03:00<span style="font-family:courier new;font-size:130%;"><span style="font-size:180%;color:#993300;"><strong>Pretensão de poema</strong></span><br /></span><br /><span style="font-family:courier new;">“ e resolvo embreagar-me” (Drummond)<br /><br />... E me revisto da exata precisão dos ébrios<br /> Pensando que a poesia é a realização<br /> Das coisas<br /> Mais fáceis<br /> Mais fúteis<br /> Tão<br /><br />Indispensáveis à vida</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-9427807118434934602010-09-19T21:11:00.003-03:002010-09-19T21:19:08.906-03:00<span style="font-family:courier new;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-size:180%;"><span style="color:#993300;"><strong>Velocidade</strong></span> </span><br /><br /></span><span style="font-size:100%;">A vida e os seus dizeres<br />Nos convida ao indizer<br /><br />Caminha para uma direção sono-lenta<br /><br />Letargicamente<br /><br />Persiste no âmbito mais remoto<br />Da existência</span></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-27852879382740755452010-08-22T13:14:00.006-03:002010-08-22T18:22:40.902-03:00<div align="left"><span style="font-family:courier new;"><strong><span style="color:#993300;"><span style="font-size:180%;">Metafísica (ao olhar do poeta)</span><br /></div></span></strong></span><br /><span style="font-family:courier new;"><div align="right"><br /><em>“Come chocolates, pequena;</em></div><div align="right"></span><span style="font-family:courier new;"><em>Come chocolates!</em></span></div><div align="right"><span style="font-family:courier new;"><em>Olha que não há mais</em></span></div><div align="right"><span style="font-family:courier new;"><em>metafísica no mundo</em></span></div><div align="right"><span style="font-family:courier new;"><em>senão chocolates” (Álvaro-Pessoa)</em><br /><br /></div></span><br /><span style="font-family:courier new;"><div align="left"><br /> </div><div align="left"> </div><div align="left">Todo homem (em alguma</div><div align="left">parte de sua vida)</div><div align="left">Quer ser jogador de Futebol (Edner Morelli)</div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="left"> </div><div align="left"></div><div align="left"></span></div>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-83578707093700423042010-08-22T12:55:00.001-03:002010-08-22T12:57:19.485-03:00<div align="justify"><span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Evento (SESC IPIRANGA) / 18.09 às 18h</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">Em monólogos costurados a partir da obra de cinco poetas do Ipiranga, a Cia. Casa de Barro realiza uma intervenção cênica que une espaço e palavra para compor um caleidoscópio poético de memórias inusitadas. Textos de Edner Morelli, Norival Leme, Ricardo Albuquerque, Rudinei Borges e Welton de Sousa. Direção de Rudinei Borges. Com Bruna Lima, Dias Filho, Fábio Gonzales, Francesca Cricelli e Rosana Keully. 40 lugares, retirada de ingressos com 1h de antecedência. Galpão e Quintal. </span></div><div align="justify"> </div><br /><a href="http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=178341">http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=178341</a>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-87067100543344752372010-08-21T00:56:00.000-03:002010-08-21T00:57:54.480-03:00<span style="font-family:courier new;"><span style="font-size:180%;color:#993300;"><strong>Poema em narração</strong></span><br /><br /><br />Quase dez anos<br />Os desejos são<br />Quase os mesmos<br />O que muda é a<br />Perspectivazinha<br />Mudanças<br />Poucas<br />Essenciais e<br />Ainda a velhazinha discussão<br />Do eu lírico (e seus pormenores)<br />Sobre a vida<br />Eu-lírica-mente-zinha<br />Distante<br />Aavenidazaré O amor a vida o amor<br />O sonho a vida a Fai-<br />-idade de quase dez anos<br />O verso despreocupadozinho de análises afins<br />Findas findas Frans Frans<br />O simplíssimo êxtase do versozinho?<br />Sempre a ouvir o outro<br />A latência o espanto de serlatente<br />Os amigos oamoroamor<br />Enfim<br />Os sons e os cristais eternos a tranquilizar<br />Minha passagem e a certeza quase eternazinha<br />De tudo supostamente em seu lugar</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-5024130998430548622010-07-11T18:51:00.001-03:002010-07-11T18:56:22.880-03:00<div align="center"><span style="font-family:courier new;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Hai-Kai</strong></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:courier new;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:courier new;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:courier new;"></span></div><br /><div align="center"><span style="font-family:courier new;">A luz da noite<br /></div></span><br /><div align="center"><span style="font-family:courier new;">Ainda que esguia<br /></div></span><br /><div align="center"><span style="font-family:courier new;">Sempre me e(xs)pia </span></div><br /><p><span style="font-family:courier new;"></span></p><br /><p align="center"><span style="font-family:courier new;">(Edner Morelli)</p><br /><div align="center"><br /></div></span><br /><div align="center"><span style="font-family:courier new;"></div></span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-23404485413133879642010-07-11T18:40:00.003-03:002010-07-11T18:46:03.182-03:00<span style="font-family:courier new;"></span><div align="justify"><br /><br /><span style="font-size:180%;"><span style="color:#993300;"><span style="font-family:Courier New;"><strong>Policarpo Quaresma, de Antunes Filho</strong></span><br /></span></span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><br /><span style="font-family:Courier New;">Por Marcelo Coelho</span><br /><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Há tempos eu não assistia nenhuma peça dirigida por Antunes Filho. Reencontro em “Policarpo Quaresma” (Sesc Vila Nova) a mesma habilidade em encher os olhos do espectador com grandes cenas de grupo, numa movimentação de massas “corais” por vezes inesperadas (é o caso de uma multidão de loucos de camisola, quando nos apercebemos que Policarpo acaba de ser internado num hospício).<br />Para quem vê um espetáculo de Antunes Filho pela primeira vez, tudo deve parecer próximo de genial. De minha parte, menos do que uma característica apenas do estilo do diretor, sobressai um ar de truque.</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;"><br />Correrias desabaladas atravessam o palco sempre que o diálogo se arrisca a ficar um pouco chato. Cenas que poderiam ficar um pouco mais solenes ou dramáticas são estilizadas, com os atores andando de perfil em câmera lenta.<br /></span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">A estilização, de fato, parece ser mais importante do que o estilo: resume-se, com efeito, a uma série de procedimentos reconhecíveis (pétalas ou confettis jogadas para o alto, objetos cênicos com rodinhas empurrados a toda velocidade, um certo empenho em esfalfar os atores ao máximo...)<br /></span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Quando se tratava de encenar Nelson Rodrigues, tenho impressão de que esse jeito estilizado, a maquiagem como máscara, a gesticulação como uma espécie de dança sem música, fazia sentido. O realismo cru seria uma ameaça estética no teatro de Nelson Rodrigues, e a fala dos atores, seu modo de se moverem, de rir e de se agruparem em cena tinham o mesmo efeito daqueles nomes próprios dos personagens rodriguianos, ao mesmo tempo reais, plausíveis, e vagamente fora de foco, como numa antiga foto em preto e branco: Herculano, por exemplo.<br /></span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Mas “irrealizar” a história de Policarpo Quaresma, que não tinha o espírito de exacerbação suburbana das tragédias de Nelson Rodrigues, é uma opção a meu ver muito errada de Antunes Filho. O espetáculo fica parecendo uma opereta sem música suficiente, ou então um daqueles “resumões” teatrais dos clássicos da literatura brasileira exigidos pelo vestibular.<br /></span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Policarpo é, como sabemos, um maluco que luta pela adoção do tupi-guarani como língua oficial do Brasil. Uma opção do diretor seria mostrá-lo assim, como uma espécie de Quixote, em conflito com a banalidade, a desonestidade e a estreiteza de seu ambiente real. Outra opção seria mostrá-lo como o único tipo sensato, num ambiente dominado pela loucura coletiva. Antunes Filho escolheu as duas coisas: é um maluco no meio de um ambiente totalmente tomado pela maluquice; Policarpo é tão caricato quanto os demais personagens. Ou melhor, a caricatura é feita do mesmo modo, tanto no Policarpo que aparece como um Visconde de Sabugosa, quanto nos outros personagens: soldadinhos de chumbo num brinquedo infantil, uma negra velha que lembra algum personagem de Chico Anísio, parlamentares de bigodão falso...De modo que a história toda se apresenta como farsa.<br /></span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Mas, se não há nada sério em jogo, se por exemplo a Revolta da Armada e as atitudes de Floriano Peixoto, que são foco de denúncia amarga nas páginas de Lima Barreto, aqui aparecem como uma espécie de piada sem sentido, fica um pouco difícil saber por que, afinal, escolheu-se encenar aquela história. Se nos dias atuais todos soubéssemos o que foi a Revolta da Armada, se atualmente todos conhecêssemos e prezássemos a historiografia oficial republicana, a peça serviria para desmistificá-la. Mas quando se diz que determinado episódio histórico, que desconhecemos, e que não tem nenhuma ressonância na política atual, “na verdade” foi uma farsa, entra-se na tarefa inglória de desmistificar algo que ninguém estava mistificando. É como se eu publicasse um artigo dizendo que a nova versão proposta pela teologia muçulmana para organizar a coreografia dos dervixes rodopiantes não deve ser levada literalmente a sério.<br /></span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Tropas de brinquedo aparecem agitando a bandeira nacional em “Policarpo Quaresma”, como para mostrar a tolice que há em agitar a bandeira nacional para saudar o governo Floriano Peixoto.<br /></span><br /><span style="font-family:courier new;">Mas ninguém está saudando o governo Floriano Peixoto hoje em dia. Qual a “tradução” disto nos dias atuais? Que é tolo entusiasmar-se com o crescimento do PIB no governo Lula? Ou que ser anti-lulista é como ser um Policarpo Quaresma? Que Policarpo Quaresma hoje seria João Pedro Stédile? Marina Silva? Norberto Odebrecht? Que estamos tão corruptos, autoritários e atrasados como nos primeiros tempos da República?<br /><br /></span><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;">Impossível saber; a “crítica”, que faz todos os personagens parecerem absurdos na montagem não tem adversário definido; é “crítica” abstrata, contra quem diz A e contra quem diz não-A.<br /></span><br /><span style="font-family:courier new;">Talvez se possa dizer, pensando nas últimas palavras de Policarpo, que se trata de uma autocrítica da geração de Antunes: acreditamos em ideais que não eram possíveis de realizar. Mas isso faria de Policarpo um personagem mais humano, mais sincero. E o que a peça mostra é sobretudo um boneco, um visconde de Sabugosa, uma caricatura, que não podemos tomar como real. A estilização, aqui, se torna puro irrealismo –não há nada de real com que pretendesse se contrastar; irrealismo geral, irrestrito, e no fim das contas irrelevante, como uma opereta.</span></div>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-81625542811544019262010-06-30T19:10:00.002-03:002010-06-30T19:13:42.021-03:00<span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Vida civilizada</strong></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;"> <span style="font-size:78%;"> </span><span style="font-size:85%;"> a Rousseau</span></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;">Há um</span><br /><span style="font-family:courier new;">Acordo tácito</span><br /><span style="font-family:courier new;">Que os corredores</span><br /><span style="font-family:courier new;">Pertencem aos</span><br /><span style="font-family:courier new;">Moto-boys</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-45980037751389613342010-03-29T11:41:00.000-03:002010-03-29T11:46:36.750-03:00<span style="font-family:courier new;">Fica aqui minha breve homenagem,</span><br /><span style="font-family:courier new;">poema que escrevi há três anos...</span><br /><br /><br /><span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Ao Armando Nogueira</strong></span><br /><span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>(em homenagem aos seus oitenta anos)</strong></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;">Sempre armando-se<br />De palavras e bolas<br /><br />Desliza-se</span><br /><span style="font-family:courier new;">Nos seus oitenta</span><br /><span style="font-family:courier new;">Com a perfeita noção<br />Da poesia que rola<br /><br />O ímpeto quase lascivo<br />De movimentos e sonhos</span><br /><span style="font-family:courier new;">Em direção de palavras</span><br /><span style="font-family:courier new;">Travas e traves<br /><br />Enfim<br /><br />Armando-se<br />Desnuda-se<br /><br />(De maneira óbvia)<br /><br />Sempre em busca<br />Da dança<br />Do drible<br />De uma nova<br />Metáfora</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-87321798557899269202010-03-20T23:55:00.000-03:002010-03-20T23:58:03.876-03:00<span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Lavoura Arcaica: da palavra à imagem (um estudo comparativo-analítico)</strong></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;font-size:130%;"><span style="font-size:100%;">Um artigo de minha autoria:</span> </span><br /><span style="font-size:180%;"></span><br /><br /><a href="http://cac-php.unioeste.br/eventos/ixseminariolhm/10.6.pdf">http://cac-php.unioeste.br/eventos/ixseminariolhm/10.6.pdf</a>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-85335407784796895102010-02-21T12:39:00.000-03:002010-02-21T12:42:36.648-03:00<span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>III Simpósio Internacional de Literatura e Crítica Literária: Poesia Contemporânea (PUC-SP)</strong></span><br /><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Evento que participarei em abril: </span><br /><br /><br /><a href="http://www.pucsp.br/poesiabrpt/programa.html">http://www.pucsp.br/poesiabrpt/programa.html</a>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-31244045690378475292010-02-21T12:12:00.001-03:002010-02-21T12:17:51.078-03:00<span style="font-family:courier new;"><strong><span style="font-size:180%;"><span style="color:#993300;">Conto colhido da mesa ao lado</span><br /></span></strong><br />Você ontem me infernizou!<br />Não obriguei você a fazer nada nunca!</span><br /><span style="font-family:courier new;">Não fica falando de coisas...<br />Não quero nada.<br />Até o lugar que você escolheu para eu morar foi para me dificultar!<br />Não tem outra saída.<br /><br />O homem afasta o cinzeiro, abaixa-se.<br /><br />E nós, sentados à mesa ao lado, continuamos<br />a discutir sobre a noção do literário.</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-6124797099966791952010-01-18T18:15:00.000-02:002010-01-18T18:18:27.298-02:00<span style="font-family:courier new;"><span style="color:#993300;"><span style="font-size:180%;"><strong>Dois de Chico Alvim</strong></span></span></span><br /><strong><span style="font-family:Courier New;font-size:180%;color:#993300;"></span></strong><br /><span style="font-family:courier new;"><span style="color:#993300;"><span style="font-size:180%;"><strong></strong></span></span></span><br /><span style="font-family:courier new;"><span style="color:#993300;"><span style="font-size:180%;"><strong>Descartável </strong></span><br /></span><br />Vontade de me jogar fora<br /><br /><br /><span style="font-size:180%;"><strong><span style="color:#993300;">Argumento </span></strong><br /></span><br />Mas se todos fazem</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-39768901597482753782010-01-18T17:55:00.003-02:002010-01-18T17:58:20.553-02:00<span style="font-family:courier new;"><span style="font-size:180%;color:#993300;"><strong>Passeio (de Hilda Hilst)</strong></span><br /><br />1<br /></span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Não haverá um equívoco em tudo isso?<br />O que será em verdade transparência<br />Se a matéria que vê, é opacidade?<br />Nesta manhã sou e não sou minha paisagem<br />Terra e claridade se confundem<br />E o que me vê<br />Não sabe de si mesmo a sua imagem.<br /><br />E me sabendo quilha castigada de partidas<br />Não quis meu canto em leveza e brando<br />Mas para o vosso ouvido o verso breve<br />Persistirá cantando.<br />Leve, é o que diz a boca diminuta e douta.<br /><br />Serão leves as límpidas paredes<br />Onde descansareis vosso caminho?<br />Terra, tua leveza em minha mão.<br />Um aroma te suspende e vens a mim<br />Numas manhãs à procura de águas.<br />E ainda revestida de vaidades, te sei.<br />Eu mesma, sendo argila escolhida<br />Revesti de sombra a minha verdade.<br /><br /></span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-34008413520044799872010-01-15T12:05:00.003-02:002010-02-21T12:16:59.124-03:00<span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Versos de consolo</strong></span><br /><span style="font-family:courier new;"><strong></strong></span><br /><span style="font-family:courier new;"><strong></strong></span><br /><span style="font-family:courier new;"><strong>Reviro o ser<br /><br />O<br />m<br />e<br />u<br />.<br />.<br />.<br /><br />Na jangada esplêndida<br />Da manhã que sempre<br />B u s c A>>><br /><br /><br />>>> A EssênciA do estAr<br /><br />No prelúdio da hora<br />Morta?<br />E des-membro-me em mim<br /><br />O instante e<br />S<br />Q<br />U<br />Á<br />L<br />I<br />D<br />O... do tempo!</strong></span><br /><strong><span style="font-family:Courier New;"></span></strong><br /><strong><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span></strong>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-7454427223238733712009-09-13T13:03:00.000-03:002009-09-13T13:05:54.008-03:00<span style="font-family:courier new;"><span style="font-size:180%;color:#993300;"><strong>Versos de botequim I</strong></span><br /></span><br /><span style="font-family:courier new;">Pimenta boa<br />É aquela<br />Que expulsa<br />Até</span><br /><span style="font-family:courier new;">A alma</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-28722076440063324852009-09-13T12:39:00.001-03:002009-09-13T12:41:11.506-03:00<span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Constatação</strong></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;">Às vezes</span><br /><span style="font-family:courier new;">As coisas</span><br /><span style="font-family:courier new;">Simples</span><br /><span style="font-family:courier new;">Mente</span><br /><span style="font-family:courier new;">Não </span><br /><span style="font-family:courier new;">São</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-11767395465856094912009-09-13T12:32:00.002-03:002009-09-13T12:37:18.421-03:00<span style="font-size:180%;"><span style="color:#993300;"><strong><span style="font-family:courier new;">III Simpósio gêneros híbridos da modernidade: Literatura no cinema</span> (UNESP-ASSIS/ UNIOESTE-CASCAVEL-PR)</strong></span><br /></span><br /><span style="font-family:courier new;">Evento que participarei dias 16 e 17.09.09</span><br /><br /><br /><br /><a href="http://cac-php.unioeste.br/eventos/ixseminariolhm/index.php">http://cac-php.unioeste.br/eventos/ixseminariolhm/index.php</a>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-55274081396469909362009-08-25T16:39:00.003-03:002009-08-25T16:43:07.435-03:00<span style="font-family:courier new;"><span style="color:#993300;"><span style="font-size:180%;"><strong>Teoria Literária</strong></span><br /></span><br />...E edifico</span><br /><span style="font-family:courier new;">Palavra</span><br /><span style="font-family:courier new;">Por</span><br /><span style="font-family:courier new;">Palavra</span><br /><span style="font-family:courier new;">O outro de mim</span><br /><span style="font-family:courier new;">O discurso-limbo do fim?</span><br /><span style="font-family:courier new;">Não em mim<br />No outro?<br />Sim em nós<br />Apenas escrevo o outro<br />Que é em mim</span><br /><span style="font-family:courier new;">E recrio o que é aparente</span><br /><span style="font-family:courier new;">Mente o passo<br />Dos aqueles...</span><br /><br /><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-62613057170850012862009-08-15T20:06:00.003-03:002009-08-15T20:12:11.624-03:00<span style="font-family:courier new;"><span style="font-size:130%;color:#993300;"><strong>Poema apontando para o norte II</strong></span></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;">O ápice</span><br /><span style="font-family:courier new;">Em mim</span><br /><span style="font-family:courier new;">Dos sentidos</span><br /><span style="font-family:courier new;">A vida</span><br /><span style="font-family:courier new;">Um lugar alheio</span><br /><span style="font-family:courier new;">Do fim<br />Edifico<br />O vazio<br />Na divisão</span><br /><span style="font-family:courier new;">Momentânea do olhar</span><br /><span style="font-family:courier new;">Caminho<br />Sempre-sendo</span><br /><span style="font-family:courier new;">Aquela velha<br />Obscuramente<br />Eterna<br />Noção imprevista<br />E rotativa<br />Das horas<br /><br />(Edner Morelli)<br /></span><span style="font-family:courier new;"></span><span style="font-family:courier new;"><br /></span><span style="font-family:courier new;"></span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-40031159536954652272009-08-11T09:32:00.005-03:002009-08-11T09:54:32.780-03:00<div align="justify"><span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Sobre a poesia de Welton Sousa e sua Necrose da Palavra</strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#000000;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;color:#000000;">Por Edner Morelli</span></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">A poesia de Welton Sousa prolifera de uma atmosfera ultra-visceral, recorrente do estado quase-escatológico da palavra. Versos arquitetados de um impulso rítmico fora dos cânones da poesia dita tradicional. O poeta, em essência, deixa brotar as palavras de seu estado primal-vertiginoso, que é próprio do processo conhecido como automação psíquica, criando uma linguagem surrealista visceralmente andrógena, em que o belo e o feio, o homem e a mulher, o vazio e o preenchimento convivem na unidade paradoxal da própria vida. Gritos fragmentados explorando o afeto do leitor, assim a poesia de Welton mostra-se. Re-mostra-se. Re-cria. Amplifica a própria condição da poesia. As palavras jorram na folha, conotando a verborragia característica dos inconformados, criando sua sintaxe própria. Amplamente metafórico, o texto de Welton possibilita ao leitor adentrar-se no universo caótico da necrose essencial, nos remetendo à própria vida não-isenta da podridão que advém do próprio caráter humano. No entanto, a sensibilidade do poeta extrapola momentos de puro lirismo, criando a pluralidade necessária que envolve a complexidade dos desejos, dos instintos, dos ideais de nossa parca existência.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">AS VOZES LÍQUIDAS DOS POEMAS CONVIDAM (Welton Sousa) </span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;"></span><span style="font-family:courier new;"><br />O olhar doutrinário insípido divaga<br />Obra desnuda poemas bêbedos de saliva<br />Um inquietante DÉJÀ VU<br />Inferno purgatório paraíso<br />Alguém aí se importa com a POESIA?<br />Ou sadismo da ultra-exposição<br />Reinvento um clássico dos amores do mal<br />As vozes líquidas dos poemas convidam<br />A delicada arte de ser/estar<br />Alegorias medievais da arte pós-contemporânea<br />Expressionismo literatura marginal duplo efeito e<br />Legitima defesa<br />Apresentação dialética dos Homeros Pessoas Machados Andrades ideais filósofos<br />Eterno sonho do passado imagético<br />Literatura presença quotidiana algoz deleite<br />A cabeça semi-favela sonha e delira<br />E outra realidade menos morta é-nos vedada </span></div>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-76584920751749365522009-08-10T11:44:00.007-03:002009-08-11T09:57:31.992-03:00<div align="justify"><span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Entrevista sobre o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa com o prof. Dr. Maurício Pedro da Silva</strong></span><br /><br /><br /><br /><span style="font-family:Courier New;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:courier new;">O</span> </span>prof. Dr. Maurício Pedro da Silva, Coordenador da Pós-Graduação Lato Sensu em Educação, na Universidade Nove de Julho. Editor científico da Revista Dialogia (ISSN: 1677-1303). Professor de Literatura Brasileira (graduação e pós-graduação) na Universidade Nove de Julho, cedeu algumas palavras para o blog sobre o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa. </span><span style="font-family:Courier New;">O professor possui doutorado e pós-doutorado em Letras Clássicas e Vernáculas pela Universidade de São Paulo. também é pesquisador do Instituto de Pesquisas Linguísticas Sedes Sapientiae para Estudos de Português (PUC-SP). </span><span style="font-family:courier new;">Autor dos livros: O Pensamento Dominado. Estrutura e Prática do Texto Dissertativo (Plêiade, São Paulo, 1998); Sentidos Secretos. Ensaios de Literatura Brasileira (Altana, São Paulo, 2005); A Hélade e o Subúrbio. Confrontos Literários na Belle Époque Carioca (São Paulo, Edusp, 2006); O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (São Paulo, Contexto, 2008); Ortografia da Língua Portuguesa. História, Discurso, Representações (São Paulo, Contexto, 2009). </span><span style="font-family:courier new;">Maurício ta</span><span style="font-family:courier new;">mbém Possui trabalhos publicados em livros e periódicos diversos, nacionais e estrangeiros.</span><br /><br /><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:Courier New;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">E.M. Não é novidade na Língua Portuguesa os acordos ortográficos, de tempos em tempos, principalmente, Brasil e Portugal discutem algumas reformulações ortográficas, como a de 1971(Lei n.º 5765 de 18 de Dezembro), em que foi abolido o acento circunflexo na distinção dos homógrafos, responsável por 70% das divergências ortográficas com Portugal, e os acentos que marcavam a sílaba subtônica nos vocábulos derivados com o sufixo -mente ou iniciados por -z-. Na sua visão, qual o verdadeiro objetivo desses acordos?<br /><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">M.S.:São dois os objetivos alegados pelos idealizadores dos acordos: simplificação e unificação da ortografia. O Problema é que todos esses acordos – e o mesmo acontece com o Novo Acordo, de 1986/1990 – nem simplificam, nem unificam a língua portuguesa. Não simplificam, porque há muitas regras supostamente desnecessárias que ainda permanecem vigentes; há outras que não existiam e passaram a existir; há muitos casos de uso facultativo da grafia, o que torna, às vezes, a situação ainda mais complexa; há, enfim, omissões e imprecisões nas bases do acordo. Não unificam, pois em vários casos as diferenças ortográficas continuam valendo, o que resulta na continuidade de um vocabulário ortográfico duplo para o Português. Assim, os acordos acabam tendo mais objetivos políticos, ligados por exemplo ao prestígio das academias, à imposição de determinados modelos ortográficos etc., do que um objetivo “puramente” linguístico.<br /></div></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">E.M.: A unificação atinge quais países?<br /></div></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">M.S.: Ela atinge um total de oito países: Portugal; Brasil; cinco países africanos (Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe); e Timor Leste.<br /></div></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">E.M.: Na sua opinião, no atual acordo ortográfico, há uma efetiva clareza nas novas regras? Onde podemos encontrar possíveis problemas?<br /></div></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">M.S.: Na minha opinião, o acordo como um todo é desnecessário, pois, como disse antes, não cumpre os dois principais objetivos para os quais foi idealizado: a simplificação e a unificação ortográficas. É preciso entender a lógica de alguns fatos ortográficos para se avaliar a necessidade ou não do acordo. É o caso da acentuação, por exemplo. Os acentos existem para neutralizar as diferenças gráficas: se eu acentuo as oxítonas terminadas em -a, -e, -o (vatapá, jacaré, jiló) e as paroxítonas terminadas em –i, -u (táxi, vírus), neutralizei as variações e resolvi o problema da prosódia de boa parte dos vocábulos em Português. Ocorre que o acordo acaba se atrapalhando em alguns casos, resultando em algumas propostas vagas que nem simplificam, nem unificam. Veja o caso dos acentos diferenciais: o acordo prevê a eliminação de alguns deles, a manutenção obrigatória de outros e a utilização facultativa de outros... Cumpre perguntar: afinal o acento diferencial é ou não é importante? Qual o sentido de um acordo que propõe, para um mesmo fato, três “lógicas” diferentes? Outros problemas maiores ainda permanecem em relação ao uso do hífen: há casos em que o hífen permanece como era antes; há casos em que desaparece das palavras; e há casos em que passa a existir, onde antes não existia. E o pior de tudo é que, em razão das indefinições e das lacunas do acordo, isso se torna ainda mais difícil, a ponto de, se consultarmos três ou quatro dicionários reformados, encontrarmos formas vocabulares distintas. Dou apenas um exemplo: as bases do novo acordo definem que alguns termos devem ser grafados de forma aglutinada (isto é, sem o hífen), caso os seus componentes tenham perdido, em certa medida, a noção de independência. Ora, o que quer dizer em certa medida? Para mim, a noção de independência está presente tanto em pára-quedas, quanto em guarda-chuva, sem falar em bate-boca, cabra-cega etc. E, no entanto, muitos relutam em grafar esses vocábulos sem o hífen. Daí o relativo caos que vivemos em termos de ortografia neste momento de transição.<br /></div></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">E.M.: As mudanças, basicamente, ocorrem na língua oral ou escrita? Esse novo acordo também atinge a prosódia das palavras?<br /></div></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">M.S.: O Novo Acordo se volta fundamentalmente para a escrita, dão o fato de ser um acordo ortográfico... Isso não quer dizer que a prosódia não seja afetada, como acontece, por exemplo, com a eliminação do trema. O acordo propõe a eliminação do trema, que, de fato, já não é mais utilizado em Portugal (oficialmente) e no Brasil (extraoficialmente). Mas, no Brasil, temos duas posições distintas: ou não é utilizado conscientemente, como fazem alguns órgãos da imprensa escrita, sob a alegação de que estariam adiantando uma tendência generalizada, o que me parece um argumento sem sentido; ou não é utilizado simplesmente por não se saber como fazê-lo. Portanto, tudo conspira para sua eliminação. Ocorre que, a meu ver, o trema é um acento necessário para o esclarecimento de alguns equívocos! Qual seria a pronúncia normativa e padrão das palavras “distinguir” e “quinquagésimo” (aqui escritas propositalmente sem trema)? Só a grafia pode esclarecer que, no primeiro caso, não temos o “u” pronunciado, devendo-se grafar e falar “distinguir” (e, não, como diz a maioria: “distingüir”) e, no segundo caso, deve-se optar por “qüinquagésimo” (e, não, como diz a maioria: “quinquagésimo”). Há ainda alguns falantes que dizem “adqüirir”, quando a pronuncia e a grafia normativas é “adquirir”. Esse é apenas um dos casos problemáticos do novo acordo, ligado à pronúncia das palavras.<br /></div></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">E.M.: Na sua visão, quando surge um acordo ortográfico, qual o tempo de assimilação da sociedade para incorporar essas novas regras?<br /></div></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">M.S.: Isso depende muito de cada país: quanto maior for o empenho em se disseminar o acordo, mais rápida e fácil a assimilação. No Brasil, teremos quatro anos para nos adaptarmos às novas formas; em Portugal, seis. Mas, no Brasil, há um empenho governamental, um tour de force editorial, um apoio dos meios de comunicação para que o acordo entre rapidamente em vigência. Já em Portugal, verifica-se um esforço no sentido contrário, já que as resistências são mais largas e mais profundas. Isso acaba determinando como o acordo é assimilado por cada população. De qualquer maneira, nessa fase do acordo, ainda teremos várias dificuldades que serão sanadas aos poucos, já que tanto a estabilização das diferenças ortográficas quanto a eliminação dos equívocos do acordo necessitam de tempo.</span><br /></div><span style="font-family:courier new;"></span><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">Nesses links, você encontra alguns vídeos do professor falando sobre o novo acordo:</span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">TV UNIP<br /><br />PARTE 1<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=euVd5yhjS7w" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=euVd5yhjS7w</a><br /><br /><span style="font-family:courier new;">PARTE 2<br /></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=vXTwAu4NwtE&feature=related" target="_blank">http://www.youtube.com/watch?v=vXTwAu4NwtE&feature=related</a><br /><br /><span style="font-family:courier new;">CANAL RURAL TV<br /></span><br /><a href="http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=45837&channel=99">http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=45837&channel=99</a><br /><br /><br /><a href="http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/playerpopup.aspx?midia=45837&channel=98">http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/playerpopup.aspx?midia=45837&channel=98</a><br /><span style="font-family:courier new;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">TV UNINOVE<br /></span><br /><a href="http://www4.uninove.br/TV_UNINOVE/PGM_DICASUNINOVE_REFORMAORTOGRAFICA_BL.wmv">http://www4.uninove.br/TV_UNINOVE/PGM_DICASUNINOVE_REFORMAORTOGRAFICA_BL.wmv</a><br /><br /><span style="font-family:courier new;">VIDEOLOG</span><br /><br /><a href="http://videolog.uol.com.br/video.php?id=371231">http://videolog.uol.com.br/video.php?id=371231</a></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:courier new;">Publicações de Maurício Pedro da Silva relacionadas ao novo acordo:</span></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><p></p><p><a href="http://editoracontexto.com.br/livro.php?livro_id=415" target="_blank">http://editoracontexto.com.br/livro.php?livro_id=415</a><br /><br /><a href="http://www.editoracontexto.com.br/livro.php?livro_id=443" target="_blank">http://www.editoracontexto.com.br/livro.php?livro_id=443</a><br /></p>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-62081546249882809482009-08-06T14:39:00.003-03:002009-08-10T00:42:42.543-03:00<span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Carlos Drummond de Andrade</strong></span><br /><br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=1PoU8aVRRAI&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=1PoU8aVRRAI&feature=related</a>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-84043189887865662602009-08-06T14:23:00.001-03:002009-08-06T14:26:03.136-03:00<span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>O real e o estar</strong></span><br /><span style="font-family:courier new;"></span><br /><span style="font-family:courier new;">Des-cubro-me à<br />sombra inóspita de um<br />Lado in<br />sensível<br />Do estar<br />Eu quero o real<br />O pos<br />sível o in<br />cansável de nós mesmos<br />Fluindo a<br />o orvalho<br />do ser</span><br /><span style="font-family:Courier New;"></span><br /><span style="font-family:Courier New;">(Edner Morelli)</span>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1603182118485383412.post-70180017658108761372009-08-04T13:34:00.002-03:002009-08-04T13:36:49.921-03:00<span style="font-family:courier new;font-size:180%;color:#993300;"><strong>Entre a Diversidade e a Identidade: Segundo Encontro com a Literatura Brasileira Contemporânea</strong></span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Evento que participarei no Memorial da América Latina.</span><br /><br /><br /><a href="http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/AgendaDetalhe.do?agendaId=1449">http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/AgendaDetalhe.do?agendaId=1449</a>Edner Morellihttp://www.blogger.com/profile/15904972534143583329noreply@blogger.com